quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Planos pra quê?

Folha ao vento... vou indo, indo, indo. Pra onde não sei. É tão divertido ter surpresas... pra onde a vida vai me levar? Só queria viver sem pressão... posso ser só eu? Sem planos, sem ambições, sem justificativas para gostos e desgostos. Quero viver e só. É errado?

Quem poderá nos defender?

Não tenho idéias próprias (inclusive esse texto está sendo ditado por outra pessoa). Acho que enfim enfrento a consequência de um tempo sem praticar a escrita e a reflexão da minha própria opinião. Quanto mais o tempo passa, menos me sinto capaz de criar algo e se venho a fazê-lo, me parece deveras piegas e sem utilidade. Minha cabeça está vazia e estou cética demais. Percebo que as pessoas que me rodeiam também estão assim... deve ser o "mal do século" desse século...


p.s: agora que li o que acabei de escrever, quero apagar tudo impedida pessoa que manda não queria obedecer está chato e bobo a não sei como eu sei muito parecido piada interna como é odiável pessoas que escrevem sabendo que o leitor não irá entender artista contemporâneo é só um besta vai se ferrar não tenho receio de pensar isso agora quero apagar mais do que nunca posso apagar? NÃO!!! Isso Não pronto agora publica tem certeza vou me arrepender disso parou não gostei do título mas escrevo mesmo assim por ordens como no pequeno príncipe vai se ferrar últimas histórias bobagens jogadas soltas

sábado, 24 de outubro de 2009

___________lista de afazeres___________

Acordar, levantar, banho, café, ônibus, trabalho, almoço, trabalho, ônibus, janta, banho, dormir, acordar... round and round again...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Is there an exit for this vicious cycle?

Modern media does more than influencing the society; it is also the society's mirror, it reflects its values and dreams. The media shows what the public wants to see and there is a positive feed back: some of the society aspects are more and more exacerbated in the real life. For instance, several car commercials shows that even the most unattractive man can have a beautiful woman with the right car, or diet/light food ads say you can only be attractive if you are thin. These two examples have become more frequent in our everyday life. The question left is: Is there an exit for this vicious cycle?

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

... I want it all!

-Passeio? Não... não estou aqui a passeio, apesar ser forasteiro nessa terra... Eu vivo! De verdade... intensamente... profundamente...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Maré baixa


Na falta de criatividade ( e de scanner), tentarei ao menos mostrar uma certa habilidade: desenho feito com TouchPad.

sábado, 13 de junho de 2009

Mulher da Erva

Velha da terra morena
Pensa que e já lua cheia
Vela que a onda condena
Feita em pedaços na areia
Saia rota
Subindo a estrada
Inda a noite
Rompendo vem
A mulher
Pega na braçada
De erva fresca
Supremo bem
Canta a rola
Numa ramada
Pela estrada
Vai a mulher
Meu senhor
Nesta caminhada
Nem m'alembra
Do amanhecer
Há quem viva
Sem dar por nada
Há quem morra
Sem tal saber
Velha ardida
Velha queimada
Vende a fruta
Se queres comer

A noitinha
A mulher alcança
Quem lhe compra
Do seu manjar
Para dar
A cabrinha mansa
Erva fresca
Da cor do mar
Na calçada
Uma mancha negra
Cobriu tudo
E ali ficou
Anda, velha
Da saia preta
Flor que ao vento
No chao tombou
No Inverno
Terás fartura
Da erva fora
Supremo bem
Canta rola
Tua amargura
Manha moça...
nunca mais vem

Música de Zeca Afonso

sexta-feira, 22 de maio de 2009


A vida exibia-se à nossa frente, bastava estender as mãos para tocá-la. Atravessar com os dedos o véu que envolve o mundo. A névoa, tocada com muito cuidado, com medo de ser desfeita, foi descortinada aos poucos. As imagens faziam-se mais adivinhar que ser vistas.

E fomos imaginando as sombras do que víamos, envolvemo-nos na névoa azul do mundo. Fizemos parte dela. E fechamos os olhos para tocar o que já só adivinhávamos. Erramos e acertamos, trocamos às vezes de lugar. A cortina azul colou-se à nós. Não sabíamos mais enxergar sem ela.

terça-feira, 12 de maio de 2009

A Desenhista

por Maia

Ela desenha como se só contornasse as formas. Porque tudo está traçado. Cada espaço em branco numa página são centenas de milhares de desenhos, imagens, animais, plantas, crianças... Tudo está desenhado já em sua cabeça, basta contornar com tinta (uma que os outros também possam ver).

Às vezes, porém, ela tem preguiça de tanto contornar. Se já consegue ver todos os desenhos sem precisar de lápis e papel. Seu desenho animado particular (e que animado!).

Mas desenhista, querida, não seja tão egoísta! Faça contornos para nós!!! Eu não enxergo sua tinta mágica. O branco do mundo, para mim, não passa de vazio do mundo. E as minhas palavras, nem essas, são só passadas a limpo. Saio à busca das letras, uma a uma, penosamente unidas.
Redemption Song
Bob Marley

Old pirates, yes, they rob I;

Sold I to the merchant ships,
Minutes after they took I
From the bottomless pit.
But my hand was made strong
By the 'and of the Almighty.
We forward in this generation
Triumphantly.
Won't you help to sing
These songs of freedom? -
'Cause all I ever have:
Redemption songs;
Redemption songs.

Emancipate yourselves from mental slavery;
None but ourselves can free our minds.
Have no fear for atomic energy,
'Cause none of them can stop the time.
How long shall they kill our prophets,
While we stand aside and look? Ooh!
Some say it's just a part of it:
We've got to fulfil de book.

Won't you help to sing
These songs of freedom? -
'Cause all I ever have:
Redemption songs;
Redemption songs;
Redemption songs.


Emancipate yourselves from mental slavery;
None but ourselves can free our mind.
Wo! Have no fear for atomic energy,
'Cause none of them-a can-a stop-a the time.
How long shall they kill our prophets,
While we stand aside and look?
Yes, some say it's just a part of it:
We've got to fulfil de book.
Won't you help to sing
Dese songs of freedom? -
'Cause all I ever had:
Redemption songs -
All I ever had:
Redemption songs:
These songs of freedom,
Songs of freedom.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Você já foi chicoteado hoje?

Não, eles não fizeram nada de mais. Os funcionários só aplicaram a política da empresa para com os passageiros, presenciada diariamente por eles. Chutar e chicotear as pessoas pode até ter sido iniciativa deles, mas foi apenas uma derivação, lógica, da prática de transporte público que vivenciam. Para conter animais, o chicote. Para transportá-los, o mínimo necessário.

Amontoados o máximo possível, são animais de pouco valor, que podem levar horas para realizar seu percurso, que não precisam de grandes garantias de segurança nem de muito ar. A atitude desses funcionários não nasceu do nada, não foi criação de mentes insanas e sem contato com a realidade, pelo contrário, foi resultado de sua larga experiência.

Não conheço a situação específica do Rio de Janeiro, mas não deve ser muito diferente da paulistana e da maioria das grandes cidades que seguem este modelo de "desenvolvimento". Até o ano passado, diversos trens (como os da linha F) da CPTM ostentavam tábuas de madeira remendando os buracos de seu piso. Tábuas tábuas, das mais comuns, presas com preguinhos e fazendo grandes desníveis no chão, já que eram postas apenas em cima dos buracos. Nos horários de pico, a insistência por viajar de portas abertas não era só gosto pelo perigo: abertas, as portas permitiam que um pouco mais de ar entrasse nos trens lotados e, convenhamos, respirar ainda é algo importante para a maioria das pessoas. Isto sem falar nas goteira quando chovia ou do uso de drogas dentro do vagão.

Há pouco tempo esses trens foram reformados, a lotação absurda de alguns horários e a demora da viagem, entretanto, não sofreram alterações. A reforma, tardia, só veio com a USP Leste e a estação de trem construída para atender ao público universitário. Para os antigos freqüentadores da linha, as mudanças não eram, afinal, tão necessárias. Cidadãos de terceira classe acostumam-se facilmente ao transporte de quinta.

Também é curioso quando comparamos estes trens com os que circulam entre a zona oeste e sul de São Paulo: mais novos e com intervalos bem menores, além de possuírem ar condicionado e música ambiente. Curiosamente, são os trens que levam ao Morumbi, à Vila Olímpia e à Rebouças, entre outras regiões consideradas mais nobres da cidade. Ainda têm problemas e são bastante cheios nos horários de maior fluxo, mas nada que se compare à situação dos trens da linha F, por exemplo.

O tratamento reservado aos passageiros de transporte coletivo, entretanto, não merece jornais, não recebe declarações indignadas do ministro, não é uma desumanidade. O governo Serra, ao contrário, utiliza as imagens dos trens em péssimo estado que circularam durante anos e anos nas gestões PSDB para mostrar o "antes e depois" de sua reforma. Esquecem que foram eles mesmos que deixaram a situação chegar naquele estado. Ah, sim, como eu podia esquecer? Não há mais linha F ou variante. Agora o nome da linha é Safira. Mas não posso reclamar, sempre apreciei a ironia e uma dose de humor negro.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

O Índio do 409



O índio sempre existiu ali na parede, mas faz pouco tempo que tivemos conhecimento de sua importância e valor simbólico. Atrás na madeira está o nome de muitos que moraram no local, nomes de, pelo menos, 2o anos atrás. Todos preservaram o índio ali, como uma espécie de "Guardião do 409". Agora chegou nossa vez de ir e vamos deixar nossos nomes no índio também. Será que quem fica e quem vem manterá o guardião? Ou devemos levá-lo conosco para que ele não seja jogado no lixo e perca sua função de manter viva a memória de um lugar que serviu a tantos. Mas levá-lo embora também não representaria sua morte?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Marchons!

Que qualquer manifestação realizada em São Paulo só vira notícia porque "atrapalhou o trânsito" e "causou grandes congestionamentos na cidade" não é novidade para ninguém. Ainda assim, não dá para não comentar a última da Folha de São Paulo.

Na quinta-feira (26) uma vídeo-reportagem da Folha Online mostrou os protestos de "cerca de 15 pessoas" contra a prisão da dona da Daslu, Eliana Tranchesi - condenada, segundo a própria reportagem, por sonegação fiscal, formação de quadrilha e falsificação de documentos. O jornal se deu ao trabalho de enviar um repórter para cobrir o protesto de 15 pessoas!! Protesto, álias, que não durou mais de 15 minutos - provavelmente o tempo que o jornalista esteve presente no local (é, a janela do escritório tem uma visão privilegiada da região). A matéria só não contou se são só 15 mesmo os beneficiados pelos projetos sociais da Daslu (ou quanto cada participante recebeu para estar ali).

Já na segunda (30), a chamada do UOL linkando pra Folha Online não deixou dúvidas, uma manifestação atrapalhava o trânsito da Paulista. 14 horas não é horário de pico, protestos contra a crise vêm sendo realizados em todo o mundo, o futuro da economia preocupa a todos, mas não importa: prejudicaram o trânsito, esta instituição paulistana. Sim, prejudicaram porque "cerca de 4 mil pessoas" não são 15, não dá pra andar na calçada.

Que se proiba de vez qualquer manifestação que mereça este nome, defendem parados em seus carros, ar condicionado no último, os paladinos do trafégo. No que depende da abordagem de grande parte da imprensa já não somos mesmo informados sobre os motivos dos protestos. Manifestação para quê? Se só existe um modelo correto, uma economia possível, uma beleza universal, um modo de vida válido...

Marchons!