sexta-feira, 22 de maio de 2009


A vida exibia-se à nossa frente, bastava estender as mãos para tocá-la. Atravessar com os dedos o véu que envolve o mundo. A névoa, tocada com muito cuidado, com medo de ser desfeita, foi descortinada aos poucos. As imagens faziam-se mais adivinhar que ser vistas.

E fomos imaginando as sombras do que víamos, envolvemo-nos na névoa azul do mundo. Fizemos parte dela. E fechamos os olhos para tocar o que já só adivinhávamos. Erramos e acertamos, trocamos às vezes de lugar. A cortina azul colou-se à nós. Não sabíamos mais enxergar sem ela.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa... que profundo...