Ano passado foi um caos
tão grande que nem as contas em dia eu estava conseguindo
pagar, eu esquecia as datas, de ir ao banco, pagava com multa...
Precisei abrir uma micro empresa e só fui fazer isso no último
minuto, claro. Fiquei pensando como eu não conseguia
simplesmente fazer as coisas! Daí, decidida a mudar de vida,
hehe, eu comecei a ler várias coisas sobre organização,
planejamento, etc... E não me planejava porque estava lendo
sobre planejamento :p
Vou sugerir meu site preferido sobre o assunto: http://vidaorganizada.com/
Gosto pelas dicas e
porque a autora tem uma visão crítica também
sobre essa busca por produtividade, como ela fala no post de hoje.
Mesmo assim acho que ela exagera muito em algumas coisas.
Sou uma pessoa
organizada e mais tranquila hoje? Não muito ou não
tanto quanto eu gostaria, mas tudo isso é um processo. E fui percebendo algumas coisas que me tomam mais tempo do que deveriam. Por exemplo, não gosto muito de ligar para quem eu não conheço sem hora marcada, então às vezes enrolo para fazer uma ligação. Fico pensando: e se estiver em horário de almoço ou em reunião? E só ligo quando já pensei em todas as perguntas que quero fazer para o entrevistado (mesmo que a ligação seja só pra marcar a entrevista). Também enrolo quando algo que eu preciso resolver depende de eu falar com meu chefe. Outra coisa muito forte para mim é querer fazer tudo muito certinho, perfeito. Então, releio um texto muitas vezes antes de considerar que ele está pronto, por exemplo. A tendência é que o trabalho fique bem feito, mas nem tudo precisa de tanto cuidado e às vezes não sobre tempo para outras coisas importantes que eu queria fazer. Acabo fazendo só o que é mais urgente... Não sei se me fiz entender, mas acho que perceber o que te atrasa pode ajudar muito.
E a gente vive num mundo estranho. Se deixar, o facebook e as internets nos tomam horas sem que percebamos, mas a gente também quer fazer tanta coisa que se sente culpado por cinco minutos de pausa ou distração, como se isso não fosse importante para nós, como pessoas, e para arejar e poder voltar ao trabalho firme depois.
E a gente vive num mundo estranho. Se deixar, o facebook e as internets nos tomam horas sem que percebamos, mas a gente também quer fazer tanta coisa que se sente culpado por cinco minutos de pausa ou distração, como se isso não fosse importante para nós, como pessoas, e para arejar e poder voltar ao trabalho firme depois.
No meu trabalho, se eu
conseguir me adiantar e fazer antes o que for possível,
melhor, mas vai ter horas que tudo vai mudar de última hora e
eu vou ter que correr, não importa o quanto tenha me
organizado. E se a equipe sou só eu ou eu e uma estagiária,
isso vai ser ainda mais inevitável, e corrido! É culpa
minha? Não, é dessa estrutura de trabalho, acho que
isso a gente precisa se conscientizar. Com pesquisa é a mesma
coisa, a gente sempre podia ter feito antes algo, mas não dá
pra negar que o tempo de um mestrado e doutorado diminuiu muito nos
últimos anos, a lógica da produção (fazer
mais em menos tempo) na academia, que nem sempre está ligada à
qualidade, é grande responsável por isso.
É até
engraçado, quando eu tenho muita coisa pra fazer e fico
preocupada em dar conta de tudo, faço tantas listas do que
preciso fazer e quando e como, que perco um tempo que eu podia estar
colocando a mão na massa já. Eu acabo fazendo tudo –
e tem até aquele ditado: se você quer que algo seja
feito, passe isso para uma pessoa ocupada – mas muitas vezes estrago
a saúde, prejudico as relações sociais, o
descanso... Uma eterna busca por equilíbrio.