quarta-feira, 27 de abril de 2011

Questões

Aquele cara chato da faculdade teria me seguido e sido tão insistente se eu não fosse mulher? Aquelas agressões constantes no trabalho teriam sido feitas da mesma forma se eu não fosse mulher?

Duas coisinhas que me ocorreram, que nem sempre associamos à discussão de gênero, mas que podem estar bastante ligadas. Enviem as suas questões!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

PODEM A ÉTICA E A CIDADANIA SER ENSINADAS?

"Reparai: [ ... ] entre o semeador e o que semeia há muita diferença: (..) o semeador e o pregador é o nome; o que semeia e o que prega é a ação; e as ações são as que dão o ser ao pregador. Ter o nome de pregador, ou ser pregador de nome, não importa nada; as ações, a vida, o exemplo, as obras, são as que convertem o mundo. [ ... ] hoje pregam-se palavras e pensamentos, antigamente pregavam-se palavras e obras. Palavras sem obras são tiros sem balas; atroam, mas não ferem. O pregar que é falar, faz-se com a boca; o pregar que é semear faz-se com a mão. Para falar ao vento, bastam palavras; para falar ao coração, são necessárias obras". Pe. Antônio Vieira

terça-feira, 5 de abril de 2011

Denúncia da Coordenação da Diocese de Goiás --- 03 de Abril de 2011

Graves denúncias no anexo, sobre abuso de Direitos Humanos e ameaças a defensores de Direitos Humanos (da própria Diocese) em Goiás Velho. Os velhos esquemas de milícias e policiais que desaparecem com as pessoas e depois ameaçam quem quer apurar. Só que desapareceram com um grupo de mais de trinta jovens.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

---------------Congressos interessantes------------

17 e 20 de abril, em São Paulo, SP, na USP

V Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde

http://www.cienciassociaisesaude2011.com.br/index.php

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19 (terça) e 23 (sábado) de julho, no Instituto Americano de Lins (IAL) e no Instituto Teológico de Lins (ITEL).

IX Fórum Regional de Educação Popular do Oeste Paulista – VI Internacional (IX FREPOP - VI Internacional)

Tema: Educação Popular: um projeto político e social em construção no Brasil e na América Latina – Um outro mundo é possível!

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07 a 10 de agosto, Salvador, BA

XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais:

http://www.xiconlab.eventos.dype.com.br/site/capa

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16, 17 e 18 de agosto de 2011, Universidade de São Paulo

IX Encontro Regional Sudeste de História Oral - “Diversidade e Diálogo”

http://each.uspnet.usp.br/gephom/encontroregional2011

sábado, 2 de abril de 2011

O SUS e sua última chance

* FRANCISCO BATISTA JÚNIOR
Nenhuma das vertentes que reivindicam para si o diagnóstico das dificuldades que o SUS (Sistema Único de Saúde) enfrenta tem, na verdade, entrado no debate central.
Afinal, a questão é muito mais grave e envolve, além do financiamento e gestão, o modelo de atenção, a relação público-privado, a força de trabalho, o controle social e a impunidade, que é a regra.
Contra-hegemônico, a principal e mais poderosa ameaça à histórica e predadora ação patrimonialista do Estado brasileiro, tudo vem sendo feito para evitar sua plena consolidação. Pensado como política de Estado que deveria ser imune aos governos, o SUS tem sido desconstruído por políticas absolutamente dessintonizadas de seus princípios e arcabouço jurídico.
Desde a contratação de serviços, dos mais simples aos mais especializados, em substituição ao público, passando pela intermediação de mão de obra por meio de empresas e cooperativas, até a entrega da própria gestão dos serviços públicos a grupos privados, tudo no sistema foi transformado num grande e privilegiado balcão de negócios, as “parcerias”, para atendimento dos mais variados interesses.
Essa é a raiz dos escândalos que assolam o país, sob silêncio assustador dos que deveriam zelar pelo cumprimento das regras do jogo, como o Ministério da Saúde e o Poder Judiciário.
Se quisermos resgatar a proposta mais includente e democrática, o Ministério da Saúde deve ter uma orientação única, sintonizada com a estrita obediência aos princípios do SUS, não cabendo sob qualquer hipótese acordos ou conchavos que visem a acomodação de diferentes grupos e/ou interesses políticos.
Com a frágil estrutura que caracteriza a maioria dos nossos municípios, é urgente uma participação maior dos entes estaduais e federal, por meio de um financiamento adequado e pactuado de acordo com as suas reais necessidades, e uma cooperação técnica que permita a superação dos limites que decorrem da insuficiente capacitação de um número razoável de gestores, com ênfase absoluta na atenção básica.
É preciso que haja profissionalização e democratização da gestão, bem como a autonomia administrativa e orçamentária dos serviços, com a finalidade de combater a ingerência político-partidária, exercida por meio das OS (Organizações Sociais), Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público) e fundações.
Outra medida é a criação do serviço civil em saúde e da carreira única do SUS para todos os profissionais, valorizando a qualificação, a interiorização, o tempo de serviço e a dedicação exclusiva. Tais ações serão fundamentais na estruturação da rede pública, superando a absoluta dependência dos onerosos serviços contratados, ampliando em consequência a oferta e o acesso aos serviços.
Por fim, o respeito às decisões, a soberania e a autonomia dos Conselhos de Saúde e o combate sem tréguas à impunidade promoverão o definitivo salto de qualidade necessário à afirmação plena do sistema. Para nós, o SUS pode ter sua última chance, a depender da decisão política adotada.

* FRANCISCO BATISTA JÚNIOR, 56, farmacêutico, é integrante do Conselho Nacional de Saúde, que presidiu de novembro de 2006 a fevereiro de 2011.

Artigo publicado (22/03/11) na Folha de São Paulo

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Código Florestal em perigo

http://www.youtube.com/watch?v=p_3tXpu1-IM&feature=player_embedded

Tempo espaço

Depois de tantas repostagens eu entendi o recado. Tirei esse texto da gaveta (queria fazer uma revisão que nunca aconteceu) e vou publicá-lo assim mesmo. Escrevi para vocês na última vez que moramos juntas (para vcs verem como é velho):

Toda mudança para mim é assim. E eu procurei este texto em outras gavetas, dos tempos de Francia e outras canções, porque eu tinha certeza que já tinha escrito. Não achei, mas não tem problema, é até fácil porque já decorei.

É sempre a mesma sensação e já é minha sétima mudança nos últimos dois anos e meio. Primeiro, há muito que se fazer e pouco para se pensar – malas, sacolas, caixas, faxina, pacotes... Depois, o quarto vazio e ver como um pedaço da nossa vida - 60 dias, seis meses, um ano ou quatro – pode caber em duas malas e uma bolsa. Pesadas, chatas de carregar, mas ainda tão pequenas e leves para tudo que foi. O último olhar no quarto vazio e limpo que já não é mais nosso antes de irmos para os que ainda serão. Ele será de outros e um dia retornando, já não o reconheceremos.