domingo, 31 de julho de 2011

Pó branco no quarto escuro

Imagens embaçadas.

A lembrança confusa de uma discussão idiota. Nervos agitados, mãos trêmulas e as pupilas tão grandes. A poeira nas ruas, o cinza no preto da noite. O pó branco no quarto escuro. Olhos vermelhos e a cena sem cor.

domingo, 24 de julho de 2011

Cativos

Ele já estava velhinho, doente e a gente já esperava. Também dava trabalho. Por isso, não achei que fosse ficar tão triste quando ele morreu. Mas fiquei. Era um pedaço da minha infância, da adolescência, amigo de histórias engraçadas e causos. Mas o que mais doeu foi pensar que eu, fora de casa, tinha a minha vida, mas ele não. Pensar que todo seu amor e amizade eram para nós, mas que não poderiam ser mais para mais ninguém.
E me pergunto que direito temos nós de manter um animal em nossas casas desse jeito? Nós cuidamos bem, alimentamos e damos carinho, mas tiramos dele a liberdade. Eu sei que essa é uma discussão apenas retórica, que não dá para criar nossos animais soltos por aí, porque construímos um mundo muito perigoso até para nós mesmos. Também sei que não tê-los não vai resolver nada (principalmente se eles foram adotados e não comprados, o que eu defendo) e pode até atrapalhar, pois com mais animais soltos nas ruas, os riscos de sofrerem maus tratos, atropelamentos etc, é muito maior. Mas é um peso que vamos continuar a carregar, todos, como espécie que mantém presos até os seres que ama.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Animais e humanos: uma relação complicada

Quais são os limites desta relação? Mudei de opinião diversas vezes sobre este assunto. Quando criança não tinha muitos problemas em definir esta relação, não via diferença entre entres os animas e humanos.
Com o passar do tempo fui descobrindo de onde vinha a carne que comia, a lã e o couro que me vestiam e o transporte feito nos lombos dos pobres equinos e bovinos, sem falar e claro nos pets. A partir dai comecei a perceber que existiam duas categorias, a dos explorados e a dos exploradores. Acredito que para aplacar a angústia que tinha de ver o outro ser vivo sofrer, inconscientemente coloquei os animais em um patamar diferente dos seres humanos, considerando-os somente como seres irracionais desprovidos de qualquer privilégio que os seres racionais pudessem ter, permitindo assim sua continua exploração sem peso na consciência. Não que a partir dai passasse a judiar dos animais, nunca gostei disso, mas conseguia continuar comendo minha carne normalmente.
Há alguns anos, depois de tomar mais conhecimento do sofrimento dos animais na produção de alimentos, vestimenta etc para os humanos, passei a me questionar novamente se essa atitude era aceitável, mesmo para seres em patamares inferiores ao do humano. Passei a questionar este patamar também. Quem foi que decidiu quem explora quem? Apenas porque somos mais fortes temos este direito? Não somos todos seres vivos? Sentimos dor, prazer, alegria, raiva... Moramos no mesmo planeta e dependemos uns dos outros. O que nos faz melhores? Somos todos terráqueos. O documentário "Terráqueos" diz exatamente o meu sentimento nos últimos tempos e minha revolta com a exploração dos mais fracos, sejam humanos ou animais. Sempre me questiono se um mundo com mais harmonia e respeito seria possível se tentássemos...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O caminho mais longo

Preciso contar o motivo das minhas noites em claro e do meu sono diurno. Ele se chama Nick Hornby. Para ser mais específica, estou falando de seu livro Uma longa queda (Editora Rocco), que não me deixou dormir direito enquanto eu não acabei de ler.

Quatro pessoas muito diferentes se encontram no alto de um afamado prédio Londrino na noite de Ano Novo. Mas não era para uma festa moderninha. Na verdade, eles pretendiam se jogar de lá, os quatro. A presença dos demais, porém, acabou com a solenidade do momento. Na falta de coisa melhor para fazer eles começam a discutir e iniciam uma espécie de competição para ver quem é o mais desgraçado.

São os quatro personagens que nos contam a história, cada um pela sua perspectiva, sempre muito distintas. Maureen, uma senhora que cria sozinha o filho que vive em estado vegetativo, é de uma inocência inacreditável, Jess é uma adolescente mais perdida que a média, verborrágica e surtada, Martin é um apresentador de TV decadente e envolvido em escândalos, mas que se acha inteligente e irônico, e JJ, um ex-aspirante a astro do rock que virou entregador de pizzas e não sabe onde colocar a vida que sobra.

Daí, a história poderia ter virado um novelão sobre a força da amizade unindo os quatro, mas a verdade é que eles se insultam o tempo todo, não se identificam com os outros, nem se consideram amigos. Acho que eles continuam juntos porque não têm muitas opções e já foram tão sinceros que podem dispensar as máscaras.

É legal ver como a vida de todo mundo é complicada, mas que também poderíamos fazê-la mais simples. E às vezes basta estar mais perto dos outros, mesmo que tão diferentes, eles não tem uma fórmula na mão para resolver nada, mas isso ajuda a fazer o mundo girar. E a olharmos um pouco mais para fora do umbigo.

Pode não parecer, mas o livro é engraçado. O tal do humor inglês, creio eu. Lembro de um trechinho, para exemplificar, mais ou menos assim:

" - Queria ser menos idiota, disse. Era para ser engraçado, mas ninguém riu."

O Mundo Mágico de Escher

O Mundo Mágico de Escher

19 Abr a 17 Jul
Local: Subsolo, térreo, 1º, 2º e 3º andares | CCBB SP
Horário: Terça a quinta - 09h às 20h | Sexta a domingo - 09h às 23h

A mostra reúne 94 obras, entre gravuras originais e desenhos, incluindo todos os trabalhos mais conhecidos do artista. Escher ficou mundialmente conhecido por representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano e explorações do infinito. Escher foi um gênio da imaginação lúdica e um artesão habilidoso nas artes gráficas, mas a chave para muitos dos seus efeitos surpreendentes é a matemática, utilizada de uma forma intuitiva. A exposição mostra de forma analítica o desenvolvimento da obra gráfica do Escher em uma carreira de mais de 50 anos. Além disso, a exposição evidencia os efeitos de alguns fenômenos de espelhamento, perspectiva e matemática em diversas instalações interativas e lúdicas, além de um filme em 3D.

Últimos dias.


Informações
Data:19 de abril a 17 de julho de 2011Classificação:

Horário:Terça a quinta - 09h às 20h | Sexta a domingo - 09h às 23h
Local:Subsolo, térreo, 1º, 2º e 3º andares
Bilheteria:Terça a domingo, das 10h às 20h | Telefones: (11) 3113-3651/52
Ingressos:Entrada franca

terça-feira, 12 de julho de 2011

Destino




Qual a influência que a genética e o ambiente tem sobre o ser humano? Será que somos donos do nosso destino ou estamos fadados a seguir o caminho que nosso DNA e o meio em que vivemos traçaram desde antes de nascermos? Essa é uma discussão que vira e mexe tenho com amigos.

Não me agrada a opção de sermos meros fantoches na mão do "destino". Por isso, muitas vezes tento tomar as decisões que são mais improváveis, pequenas decisões, mas que fazem diferença no fim do dia... Pode ser que isso também seja um padrão do meu DNA e do meio em que vivo, mas para mim a vida fica mais divertida assim.

Com certeza nossa espécie será extinta antes de sabermos essa resposta... mas as divagações são válidas.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

21 livros para baixar gratuitamente

Alexandre Dumas Filho - A Dama das Camélias

Aluísio Azevedo - O Cortiço

Antônio Frederico de Castro Alves - O Navio Negreiro

Antônio Gonçalves Dias - Canção do Exílio

Aristóteles - Arte Poética

Bernardo Guimarães - A Escrava Isaura

Dante Alighieri - A Divina Comédia

Euclides da Cunha - Os Sertões

Fernando Pessoa - Cancioneiro

Franz Kafka - A Metamorfose

Gil Vicente - Auto da Barca do Inferno

Henry David Thoreau - A Desobediência Civil

José de Alencar - Lucíola

José Maria Eça de Queirós - Contos

Ken Knab - A Alegria da Revolução

Luís Vaz de Camões - Os Lusíadas

Machado de Assis - O Alienista

Rui Barbosa - Obras Seletas

Sófocles - Édipo-Rei

Voltaire - A Princesa de Babilônia

William Shakespeare- Sonho de Uma Noite de Verão

O Ministério da Educação disponibiliza estas e outras obras no site:www.dominiopublico.gov.br

terça-feira, 5 de julho de 2011

IX Fórum Regional de Educação Popular do Oeste Paulista



IX Fórum Regional de Educação Popular do Oeste Paulista -
VI Internacional
(IX FREPOP
- VI Internacional)

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LINS (UNILINS) - LINS (SP)

DE 19 A 23 DE JULHO DE 2011

Tema Central:

EDUCAÇÃO POPULAR: UM PROJETO POLÍTICO E SOCIAL EM
CONSTRUÇÃO NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA
– UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL-

Temas Eixos:

I - Combatendo a violência;
II - Construindo a Economia Popular: solidária e autogestionária;
III- Resistindo e re-significando nas comunidades: originárias, quilombolas e camponesas;
IV - Articulando as redes de Informação para a organização social;
V - Promovendo a sustentabilidade alternativa do meio-ambiente;
VI - Conquistas e lutas da mulher na sociedade
VII - Infância, Adolescência e Juventude: construções e desconstruções;
VIII - Organizando a Educação Popular como política pública na saúde, na educação, no campo, na cidade, nas comunidades originárias, quilombolas e camponesas.

http://www.frepop.org.br

domingo, 3 de julho de 2011

DANÇA NO MOSAICO - DANÇA CONTEMPORÂNEA


DANÇA NO MOSAICO - DANÇA CONTEMPORÂNEA

SESC Pinheiros
Dia(s) 05/07, 13/07, 21/07, 29/07
Terça a sexta, das 19h30 às 21.
Aula aberta com música ao vivo, em que a Cia. de dança Ana Catarina Vieira e Ângelo Madureira trabalham com os participantes a confluência entre a dança popular brasileira, o balé clássico e a dança contemporânea. Ginásio Mosaico. 4o. andar.


Não recomendado para menores de 14 anos
Grátis

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Militância teatral na periferia

Entre os dias 7 e 31, o Teatro da USP (Tusp) promove a Mostra Militância Teatral na Periferia, com apresentações teatrais, exibição de vídeos e debates. No dia 7, às 19 horas ocorre a abertura oficial e apresentação do vídeo documentário Pulsações Periféricas, – com direção de Amilcar Claro, curadoria e roteiro de Sebastião Milaré. E, às 20 horas, a mesa-redonda sobre Dramaturgia, com a participação de Adaílton Alves, Fábio Resende, Luiz Carlos Moreira e mediação de Ana Roxo.
Todos os eventos da programação são gratuitos. Há 96 lugares. Não há necessidade de inscrição prévia. Os eventos ocorrem no Tusp, que fica na Rua Maria Antônia, 294, Consolação, São Paulo. Há convênio com o estacionamento Mariauto, na Rua Maria Antonia, 176, R$10,00, por 3 horas.


Vamos?