quinta-feira, 8 de maio de 2014

Abril

Abril
e eu, líquida,
escorri ralo abaixo.
Abri
todas as portas
à exposição pública -
remendos encarnados.
Hoje recolho os pedaços
e procuro as velhas chaves,
corada,
sob os olhos de poucos amigos preocupados.
Bêbada e nua
gritava liberdade,
mas só vi risadas
e algum constrangimento.

Um comentário:

Sarah disse...

MA poeta, como sempre, linda!!!