quinta-feira, 19 de dezembro de 2013



No gramado, um filhote de quero-quero, menor que meu dedo mindinho, passeava tranquilamente entre as lápides e as flores. Tão pequeno, que só por seu movimento percebíamos onde estava. Um botãozinho andando de lá para cá, curtindo a tarde de sol na grama, alegre como só as crianças podem ser. Mais ao longe, dois pássaros rondavam a cena, mas os pais da pequena criatura não deixavam se aproximar, e não se desligavam um só segundo - do filhote nem dos outros pássaros. Piavam para as pessoas, davam razantes, ameaçavam e observavam atentos. Era uma tarde de dia de finados, havia muitas flores pelo chão, água e lágrimas a regar a terra, mas a vida não economizava em se mostrar por inteiro: tão frágil e bela. Pequena e imensa.





02/10/2013

2 comentários:

Anônimo disse...

:-) linda msg!

Chaves

Anônimo disse...

lindo mesmo! uma vez passando da praça do relógio, vi um filhote distante da mãe e dos irmãozinhos. estava piando, agoniado. fui tentar ajudar, pegar o filhote e levar até a mãe. mal cheguei perto, o pai veio num voo rasante, quase bateu na minha cabeça =/ desde então, a qualquer sinal de desastres, muitas vezes penso que natureza [e a vida] é isso mesmo, só contemplação, não tem pq fazer intervenções com a nossa lógica humana.
argos