sábado, 27 de dezembro de 2008

Um dia o dia ficou cinza. E não voltou mais.

Não era aquele cinza que precisa quase fechar os olhos para não entrar poeira. Nem aquele azulado, frio, de ares do norte. Também não era grafite, forte, dramático. Era cinza, e não se ia.

E não adiantava esperar mais. Era preciso colorir o dia - folha a folha. E plantar flores no asfalto.

Aí foi preciso criar, fazer essa beleza imperfeita que precisa ser reconstruída todos os dias e mais de uma vez por dia. Perdeu-se o encanto natural das coisas simples que nascem prontas e restou-nos essa outra beleza, exigente e cansativa, mas que tem a graça de ter sido feita por nós.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa... este cinza acinzentou o blog... ninguém mais escreve... bjs