A cidade é sua aos domingos.
Ela não vai te devorar, aos domingos.
As casas estão ali paradas. Elas só olham e têm cheiros e sons diferentes, e não vão desabar. Aos domingos.
Na rua suja e feia de antigas fábricas aposentadas, duas janelas vão ser abertas, e o cheiro da pipoca vai cobrir o cinza das paredes.
Os carros vão diminuir. E algum silêncio e vozes, baixas ou infantis, vai se fazer ouvir.
Pessoas se encontrarão às mesas, nas esquinas. E os velhos voltarão a ser gente, aos domingos.
O tempo vai caminhar a passos lentos e cuidadosos, próprios de sua idade.
E algumas coisas vão parecer ter algum sentido. Aos domingos.
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