quarta-feira, 27 de abril de 2011
Questões
Duas coisinhas que me ocorreram, que nem sempre associamos à discussão de gênero, mas que podem estar bastante ligadas. Enviem as suas questões!
sexta-feira, 8 de abril de 2011
PODEM A ÉTICA E A CIDADANIA SER ENSINADAS?
terça-feira, 5 de abril de 2011
Denúncia da Coordenação da Diocese de Goiás --- 03 de Abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011
---------------Congressos interessantes------------
17 e 20 de abril, em São Paulo, SP, na USP
V Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde
http://www.cienciassociaisesaude2011.com.br/index.php
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19 (terça) e 23 (sábado) de julho, no Instituto Americano de Lins (IAL) e no Instituto Teológico de Lins (ITEL).
IX Fórum Regional de Educação Popular do Oeste Paulista – VI Internacional (IX FREPOP - VI Internacional)
Tema: Educação Popular: um projeto político e social em construção no Brasil e na América Latina – Um outro mundo é possível!
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07 a 10 de agosto, Salvador, BA
XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais:
http://www.xiconlab.eventos.dype.com.br/site/capa
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16, 17 e 18 de agosto de 2011, Universidade de São Paulo
IX Encontro Regional Sudeste de História Oral - “Diversidade e Diálogo”
http://each.uspnet.usp.br/gephom/encontroregional2011
sábado, 2 de abril de 2011
O SUS e sua última chance
Afinal, a questão é muito mais grave e envolve, além do financiamento e gestão, o modelo de atenção, a relação público-privado, a força de trabalho, o controle social e a impunidade, que é a regra.
Contra-hegemônico, a principal e mais poderosa ameaça à histórica e predadora ação patrimonialista do Estado brasileiro, tudo vem sendo feito para evitar sua plena consolidação. Pensado como política de Estado que deveria ser imune aos governos, o SUS tem sido desconstruído por políticas absolutamente dessintonizadas de seus princípios e arcabouço jurídico.
Desde a contratação de serviços, dos mais simples aos mais especializados, em substituição ao público, passando pela intermediação de mão de obra por meio de empresas e cooperativas, até a entrega da própria gestão dos serviços públicos a grupos privados, tudo no sistema foi transformado num grande e privilegiado balcão de negócios, as “parcerias”, para atendimento dos mais variados interesses.
Essa é a raiz dos escândalos que assolam o país, sob silêncio assustador dos que deveriam zelar pelo cumprimento das regras do jogo, como o Ministério da Saúde e o Poder Judiciário.
Se quisermos resgatar a proposta mais includente e democrática, o Ministério da Saúde deve ter uma orientação única, sintonizada com a estrita obediência aos princípios do SUS, não cabendo sob qualquer hipótese acordos ou conchavos que visem a acomodação de diferentes grupos e/ou interesses políticos.
Com a frágil estrutura que caracteriza a maioria dos nossos municípios, é urgente uma participação maior dos entes estaduais e federal, por meio de um financiamento adequado e pactuado de acordo com as suas reais necessidades, e uma cooperação técnica que permita a superação dos limites que decorrem da insuficiente capacitação de um número razoável de gestores, com ênfase absoluta na atenção básica.
É preciso que haja profissionalização e democratização da gestão, bem como a autonomia administrativa e orçamentária dos serviços, com a finalidade de combater a ingerência político-partidária, exercida por meio das OS (Organizações Sociais), Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público) e fundações.
Outra medida é a criação do serviço civil em saúde e da carreira única do SUS para todos os profissionais, valorizando a qualificação, a interiorização, o tempo de serviço e a dedicação exclusiva. Tais ações serão fundamentais na estruturação da rede pública, superando a absoluta dependência dos onerosos serviços contratados, ampliando em consequência a oferta e o acesso aos serviços.
Por fim, o respeito às decisões, a soberania e a autonomia dos Conselhos de Saúde e o combate sem tréguas à impunidade promoverão o definitivo salto de qualidade necessário à afirmação plena do sistema. Para nós, o SUS pode ter sua última chance, a depender da decisão política adotada.
* FRANCISCO BATISTA JÚNIOR, 56, farmacêutico, é integrante do Conselho Nacional de Saúde, que presidiu de novembro de 2006 a fevereiro de 2011.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Tempo espaço
Toda mudança para mim é assim. E eu procurei este texto em outras gavetas, dos tempos de Francia e outras canções, porque eu tinha certeza que já tinha escrito. Não achei, mas não tem problema, é até fácil porque já decorei.
É sempre a mesma sensação e já é minha sétima mudança nos últimos dois anos e meio. Primeiro, há muito que se fazer e pouco para se pensar – malas, sacolas, caixas, faxina, pacotes... Depois, o quarto vazio e ver como um pedaço da nossa vida - 60 dias, seis meses, um ano ou quatro – pode caber em duas malas e uma bolsa. Pesadas, chatas de carregar, mas ainda tão pequenas e leves para tudo que foi. O último olhar no quarto vazio e limpo que já não é mais nosso antes de irmos para os que ainda serão. Ele será de outros e um dia retornando, já não o reconheceremos.